Jogo na Madeira
Os nossos amigos foram convidados para fazer um jogo na ilha da Madeira. Estavam ansiosos que chegasse o dia, pois nunca lá tinham ido. Mais ansiosos estavam, por a viagem ter de ser feita de avião, meio de transporte que, também, nunca tinham utilizado e porque iam visitar a terra onde Cristiano Ronaldo nasceu. Eles pouco sabiam sobre essa pequena ilha que pertence a Portugal mas estavam dispostos a aprender mais sobre ela, apenas sabem que é conhecida pela “Pérola do Atlântico”.
Decidiram então juntar-se todos em casa de Tarik e ir à internet procurar mais informações. Descobriram então que:
“A cidade do Funchal é o principal centro urbano e porto da ilha, situa-se na costa sul da ilha a cerca de 660 km da costa africana e a 980 km de Lisboa.
Em relação ao clima, a ilha da Madeira, é subtropical, sendo que em certos pontos da costa sul, as temperaturas médias anuais atingem valores acima dos 20 graus célsius. A temperatura da água do mar, varia entre os 26 de verão e os 17 de inverno.
A ilha é muito montanhosa, a altitude média é de 1300 m. As praias de areia fina são raras. Na costa sul, a oeste do Funchal, situa-se o cabo Girão, uma das mais altas falésias do mundo. A laurissilva, floresta que cobria a ilha antes da colonização foi quase inteiramente queimada pelos primeiros colonos, e apenas alguns hectares nos vales a norte da ilha se preservaram. Foi classificada como Património da Humanidade pela UNESCO em 1999. A floresta actual contém espécies endémicas e também plantas trazidas pelos colonos, além de variedades tropicais cultivadas, como a banana e o maracujá, entre outros. O solo vulcânico é geralmente muito fértil e a humidade da montanha favorece o crescimento de uma vegetação exuberante.
Actualmente a população da ilha ultrapassa os 260 mil habitantes. O Funchal conta com cerca de metade dos habitantes da ilha.”
- A ilha deve ser fantástica! - diz Tarik.
- E quentinha! – Diz o Crak. Já viste média de 20 graus?
- E a água do mar? – diz Robodock. Já imaginaram que quentinha deve ser?
Estavam eles a comentar tudo isto que tinham descoberto e Parik a escutar atrás da porta do quarto da irmã. Estava bastante atento e curioso.
- Ilha da Madeira? Quentinho? Porque será que estão tão interessados? Tenho de descobrir.
- Mas o facto de ser tão quente vai ser pior para nós. Diz Sarak.
- Pois é – Diz o Crak – temos de treinar mais, senão com aquela humidade ainda perdemos.
- Ah!!! Já vi o porquê do interesse, vão lá jogar. E não me diziam nada! Já vão ver…
A viagem estava marcada para dali a dois dias. Quando chegou o dia eles dirigiram-se para o aeroporto. Embarcaram no avião e com a excitação nem repararam que uma das malas estava mais pesada, era Parik que se tinha enfiado nela.
Ao chegarem ao destino, estava um taxista à espera deles para os levar ao hotel. Na viagem para o hotel ficaram admiradíssimos como tudo o que os rodeava era tão belo. Foram para o hotel e descansaram. Na manhã seguinte, foram visitar uma parte da ilha.
Visitaram a zona sul, foram a Câmara de Lobos, ao Estreito de Câmara de Lobos, passaram no, tão conhecido, Cabo Girão e desceram para a Ribeira Brava onde almoçaram. De tarde passaram na Ponta do Sol e chegaram à Calheta. No fim do dia tiveram de voltar para o Funchal pois precisavam de descansar. O jogo era no dia seguinte.
De manhã, levantaram-se, tomaram um bom pequeno-almoço e foram treinar para o estádio dos Barreiros, que era o sítio onde iam jogar. Treinaram de manhã, almoçaram e descansaram durante a tarde pois o jogo era às 18h.
À hora marcada começou o desafio, os madeirenses, já desde a altura do Cristiano Ronaldo que não viam nenhuns miúdos com tanta técnica. Ficavam admirados e rejubilavam com as fintas e jogadas que eles faziam. Ao intervalo os nossos amigos estavam a ganhar por cinco, zero. No balneário comentavam.
- Não está a ser fácil, a humidade dificulta bastante! – diz o Crak.
- Temos de alternar mais vezes. Certo, Sarak e Robodok?
- Certo - respondem em coro.
Quando voltam ao campo para a segunda parte, já a noite tinha caído. Estava mais escuro e tiveram de ligar os holofotes do estádio. O Parik, quando viu os holofotes acenderem, teve uma ideia para prejudicar a equipa da sua irmã e combinou com a equipa madeirense o que iam fazer. Recortou uns monstros em cartolina e prendeu a um pau de gelado.
A equipa madeirense coloca a bola no meio campo e começam a segunda parte. Cada vez que esta equipa se dirigia para a baliza do Paçomok, as suas sombras transformavam-se em grandes monstros e quanto mais se aproximavam da baliza, maior era o monstro. Os nossos amiguinhos ficavam com medo e desviavam-se das figuras horríveis que apareciam no campo. A equipa madeirense ia marcando golos. Iam aparecendo várias figuras que pareciam que os comiam e eles ficavam cheios de medo. Mas no entretanto ia aparecendo um vulto de alguém que parecia que conheciam, principalmente a Tarik.
- Este vulto parece o do meu irmão!!??? – pensava Tarik. Mas é assustador, está tão grande.
O jogo estava quase a terminar e a equipa madeirense já tinha empatado o jogo. Neste momento estavam cinco a cinco e faltava um minuto para o fim do jogo. Robodok, pede um minuto de desconto, pois estavam desorientados. Quando saem, diz Tarik:
- Se não estivéssemos tão longe, diria que são coisas do meu irmão.
- E dizes bem. - diz Robodok - Olha para ali, para junto dos holofotes. Chamei-vos precisamente para vos dizer que não tenham medo pois as sombras são manipuladas por ele. Vi essas sombras aparecerem e apesar de mudarem de tamanho, a forma era sempre a mesma. Achei estranho, porque se fosse um monstro ele mexia-se.
- É ele mesmo, mas como é que veio aqui parar? – diz Sarak.
- A minha mala estava pesada, mas pensei que…
- Só se foi assim… - argumenta o Crak.
- Eu vou-te apanhar… - grita Tarik – vou-te apanhar.
Parik ria-se de tudo o que se estava a passar. A equipa estava prestes a empatar o seu primeiro jogo. Faltava só um minuto para o fim da partida e o jogo estava empatado. Tinham de ser rápidos para poderem sair vitoriosos.
Depois de pedirem aos seguranças para tirarem Parik para local seguro, onde não pudesse interferir com nada, recomeçaram então o jogo. A bola sai por Tarik, que passa para Crak, que por sua vez atrasa para Sarak. Este vai avançando no campo, avançando, passa pelo primeiro jogador, continua a avançar, mas o tempo estava quase a acabar, Tarik estava à esquerda, Crack à direita e iam acompanhando a jogada e Sarak avançava. Nisto passa a bola a Tarik, que depois de fazer um bela finta sobre o adversário, passa a bola para o lado direito para o peito do Crak, que recebe, cola na relv, rodopia por um adversário deixando-o sentado, levanta a bola por trás das costas e sem a deixar cair faz um passe fantástico para a frente da baliza onde aparece Sarak todo no ar que remata e … a bola bate na trave e volta a subir, nisto aparece Tarik, que apoiando-se nas costas de Sarak, salta bem alto e envia de novo a bola para a baliza com um pontapé de bicicleta. A bola desce a grande velocidade, bate no chão com toda a força, volta a bater na trave e … desta vez vai para dentro. O árbitro termina o jogo, mesmo a tempo…
Fica toda a gente pasmado com este golo. Os nossos amigos festejam no meio do campo, saltam abraçam-se e gritam, mas nisto, Tarik sai disparada, vai ter com Parik e começa a discutir com ele.
- Tu não tens vergonha? Estás sempre a meter-te connosco, quem te ensina estas coisas…
- Foi engraçado não foi? – diz Parik a rir-se – vocês a quererem dar na bola e nada, já não me ria assim há muito tempo, eh, eh, eh…
- Não tens mesmo vergonha. A mãe sabe que tu andas por aqui, por acaso?
- Claro que não. Vim na mala do Robodok, vocês nem deram por mim, ficavam só a babar com as belezas da ilha…
- Vais ter um castigo exemplar, vais ver. Vou já ligar à mãe e contar-lhe tudo.
- Não digas nada, por favor. Eu ensino-te como é.
- Explicas-me depois, agora vamos comer e fazer a mala para podermos regressar. Vais no mesmo sítio onde vieste, ouvis-te? De castigo.
- Não, não, não. Faz muito calor lá em baixo.
- Não quero saber, é para a próxima vez pensares bem no que andas a fazer.
Depois de jantar, voltaram de novo para o aeroporto para irem embora.
- A ilha é mesmo bonita! - exclama Sarak.
- Concordo contigo. – Diz Robodok.
- Fiquei com muita vontade de cá voltar. –diz Tarik – e nós só vimos metade.
- Pois foi. – disse o Crak – imagino como será o lado norte e o Porto Santo. Podemos vir cá no fim da época, podíamos combinar.
- Combinadíssimo dizem todos em coro.
E foi assim a aventura da Paçomok na ilha da Madeira.
Sem comentários:
Enviar um comentário